Nova abordagem contra o
câncer mieloma múltiplo se mostra promissora
Medicamento em fase de testes
reduziu risco de morrer em 30%
Pesquisadores
afirmaram nesta quarta-feira que um novo tipo de terapia imune tem se mostrado
promissora contra o terceiro tipo mais frequente de câncer no sangue, o mieloma
múltiplo. A droga, com nome elotuzumab, é um anticorpo monoclonal - tipo de
célula imunológica - fabricado pelo laboratório Bristol Myers Squibb. A versão
de teste foi aprovada no ano passado pela Food and Drug Administration (FDA),
agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos.
O
estudo clínico de fase III - etapa em que se tenta demonstrar a segurança,
eficácia e benefício terapêutico do novo medicamento - analisou 646 pessoas com
mieloma múltiplo reincidente após o tratamento inicial com a terapia padrão, à
base de lenalidomida e dexametasona.
A terapia
padrão e a terapia combinada com o novo medicamento foram distribuídas
aleatoriamente entre os pacientes. Após um período de acompanhamento de cerca
de dois anos, os participantes da pesquisa que ingeriram a droga adicional
tiveram risco 30% menor de morrer ou de ter câncer novamente, em comparação com
o outro grupo.
As pessoas que
receberam elotuzumab também viveram uma média de 19,4 meses sem o agravamento
da doença, enquanto o índice no outro grupo foi de 14,5 meses. Pesquisadores
descreveram essa diferença como "significativa".
Sagar Lonial, diretor médico do
Instituto do Câncer Winship da Universidade Emory, disse que a remissão mais
longa e a maior taxa de resposta global no grupo do elotuzumab vieram sem um
grande aumento dos efeitos colaterais e nenhuma redução na qualidade de vida.
De acordo com o médico, o medicamento atua tanto nas células tumorais quanto na ativação da defesa natural do sistema imunológico.
De acordo com o médico, o medicamento atua tanto nas células tumorais quanto na ativação da defesa natural do sistema imunológico.
— Em
muitos aspectos, é uma espécie de golpe dupla em termos do próprio tumor —
explica Lonial.
O
estudo foi financiado pela Bristol Myers-Squibb e pela Abbvie, uma empresa de
pesquisa farmacêutica e foi divulgado antes da conferência da Sociedade
Americana de Oncologia Clínica, que será realizada no final de maio em Chicago.
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