sábado, 8 de agosto de 2015

    Nova esperança para Parkinson.


Um novo estudo publicado esta semana na revista “Brain”, uma das mais importantes revistas científicas na área da medicina e neurociências, mostrou pela primeira vez alterações neuroquímicas na doença de Parkinson que podem abrir as portas a novos tratamentos para esta doença. Tiago Reis Marques, médico psiquiatra e investigador português do Instituto de Psiquiatria do Kings College em Londres, é um dos autores desse trabalho científico.

 Pela primeira vez ficou demonstrado que doentes com Parkinson têm níveis reduzidos de uma importante enzima cerebral chamada fosfodiesterase 10A (PDE10A), quando comparado com indivíduos sem a doença. Mas, ainda mais relevante, foi verificar que a redução nesta enzima estava associada à gravidade dos sintomas motores bem como à progressão da doença, com aqueles doentes numa fase mais avançada e com sintomas motores mais graves apresentando uma redução ainda maior desta enzima.

Segundo o médico psiquiatra Tiago Reis Marques, “as fosfodiesterases são uma família de enzimas que se expressam em várias zonas do corpo humano. A fosfodiesterase 10A tem a particularidade de se localizar numa região específica do cérebro, os gânglios da base, onde está envolvido na regulação da dopamina, o neurotransmissor implicado em doenças como a doença de Parkinson e a Esquizofrenia”.

O estudo agora publicado, foi desenvolvido durante 2 anos por um consórcio internacional de neurologistas e psiquiatras que se dedicou a estudar a enzima PDE10A em várias doenças psiquiátricas e neurológicas, como a esquizofrenia, a doença de Parkinson e a doença de Huntington. 

Os resultados sugerem fortemente que a PDE10A pode ser um potencial alvo para novos fármacos no tratamento da doença de Parkinson. De acordo com o médico psiquiatra e investigador português, “é expectável que fármacos especificamente dirigidos a esta enzima possam melhorar os sintomas da doença de Parkinson”. 


Fonte: Impala

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