Estudo mostra que ingrediente eleva em 34% as mortes e em 21% as doenças
do coração.
As
gorduras adicionadas artificialmente às comidas industrializadas, como, por
exemplo, refeições prontas, biscoitos recheados e pizzas congeladas, podem
aumentar em até três vezes o risco de morte, de acordo com um estudo realizado
pela universidade de McMaster, no Canadá.
Os
pesquisadores compararam os efeitos da gordura saturada, encontrada em produtos
animais como a manteiga e a carne, com a gordura trans. artificial.
Os
resultados mostraram que a primeira não tem qualquer ligação direta com mortes
prematuras ou a doenças do coração, derrames ou diabetes tipo 2. Já a gordura
trans aparece responsável pelo aumento de 34% neste tipo de óbito.
Além
disso, a gordura artificial também elevou em 21% os riscos de doenças
coronarianas, com 28% mais chances de que elas sejam fatais.O estudo foi publicado
na revista médica The BMJ.
Recentemente,
em junho passado, os Estados Unidos anunciaram que devem proibir a gordura trans.
e que o ingrediente deve ser banido das comidas americanas até 2018.
O
governo britânico, por sua vez, soltou um comunicado que diz que este tipo de
ação não é necessário, já que os níveis de gordura trans. já foram
“significativamente reduzidos” pela indústria.
No
Brasil, a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) informa em seu site
que o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura trans. pode causar
aumento do colesterol total e do colesterol ruim (LDL), além de redução dos
níveis do chamado “bom colesterol” (HDL).
O
órgão acrescenta, ainda, que os rótulos dos produtos brasileiros não trazem a
porcentagem do valor diário de ingestão recomendado de gordura trans. porque o
ingrediente deve ser consumido “o mínimo possível”.
No
entanto, embora exista uma legislação que regule a rotulagem desde 2006, os
fabricantes encontram uma brecha favorável no sistema: quantidades inferiores a
0,2 gramas por porção não precisam ser declaradas.
A
gordura trans. é usada em alimentos para aumentar seu sabor, textura e
validade.
Gorduras
trans. esta com os dias contados. O
chefe do Departamento de Nutrição e Ciência da Secretaria de Saúde Pública da
Inglaterra, Louis Levy, comentou que, embora seja sabido que o ingrediente seja
prejudicial à saúde, seu uso tem lentamente diminuído no Reino Unido.
— A
maior questão agora é que estamos comendo muita gordura saturada.
Russell
de Souza, coordenador do estudo canadense, reforça que a gordura trans. não
traz qualquer benefício à saúde, e ainda representa um elevado risco.
—
Sugerimos que as pessoas substituam alimentos ricos neste tipo de gordura por
óleos vegetais, castanhas e cereais integrais.
Fonte: R7

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