Primeira leva de vacina do ebola deve chegar à Libéria nesta
sexta-feira
Remessa será a primeira a
chegar a um dos países mais afetados.
Ela será usada nos primeiros testes de grande escala da vacina.
O primeiro
carregamento da vacina experimental para o ebola produzida pela farmacêutica
GlaxoSmithKline foi enviado à África Ocidental e deve chegar à Libéria no
final desta sexta-feira (23), informou a empresa britânica.
Na quinta-feira,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto de ebola na África
Ocidental, o pior já registrado, parece estar regredindo, mas alertou contra o
relaxamento.
A epidemia causou 21.724 casos em nove países desde que começou na
Guiné há um ano, cerca de 8.641 pessoas
morreram.
A remessa
inicial de 300 ampolas de vacina da GSK será a primeira a chegar a um dos três
países africanos mais afetados pela doença, afirmou a farmacêutica em
comunicado.
Ela será usada
nos primeiros testes de grande escala da vacina nas próximas semanas, e os
agentes de saúde que ajudam a cuidar de pacientes do ebola estarão entre os
primeiros a recebê-la.
Os pesquisadores
esperam inscrever até 30 mil pessoas na fase de testes durante as próximas
semanas, um terço dos quais devem receber a vacina da GSK.
O medicamento,
co-desenvolvido pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e
pela Okairos, empresa de biotecnologia comprada pela GSK em 2013, está sendo
usado atualmente em testes de segurança de fase 1 na Grã-Bretanha, nos EUA, na
Suíça e no Mali, com cerca de 200 voluntários.
"Os dados
iniciais da fase 1... são encorajadores e nos dão confiança no progresso nas
próximas fases... que irão envolver a vacinação de milhares de voluntários,
incluindo agentes de saúde atuando na linha de frente do combate", disse
Moncef Slaoui, responsável do setor de Vacinas Globais da GSK.
A vacina usa um
tipo de vírus congelado de chimpanzé para fornecer material genético seguro da
cepa de ebola do Zaire, responsável pela nova epidemia no oeste africano.
Dados mostram
que a vacina é segura para humanos, incluindo a população da região africana
mais atingida, e em uma variedade de dosagens, informou a GSK, que já escolheu
a dose mais apropriada para o teste na Libéria.
Slaoui enfatizou
que o remédio da GSK, assim como de outros candidatos, como os da colaboração
entre a NewLink Genetics e a Merck, da Johnson & Johnson e da
Bavarian Nordic, ainda encontra-se em desenvolvimento e não pode ser utilizado
a até que se mostre seguro e eficaz.
Comentando o
avanço contra o surto e as vacinas em desenvolvimento, Jeremy Farrar, diretor
da instituição de caridade britânica Wellcome Trust, disse: “Este certamente
não é o momento de”... Reduzir os esforços. Não há dúvida de que precisamos de
novas vacinas e terapias para esta epidemia e tentar evitar e reagir às
inevitáveis epidemias futuras.
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