Pesquisa de
vacina contra zika vírus será acelerado
Laboratórios assinaram acordo de colaboração para desenvolvimento de
vacina até 2020
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a farmacêutica francesa
Sanofi e o Walter Reed Army Institute of Research, dos Estados Unidos,
assinaram, nesta quinta-feira (27), um acordo sobre princípios de colaboração
para acelerar o desenvolvimento e o registro de uma vacina contra o zika vírus. “A ideia é juntar
esforços”, destacou o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico da
Bio-Manguinhos/Fiocruz, Marcos Freire.
Em entrevista à Agência
Brasil, Freire explicou que a vacina em questão utiliza o vírus inativado –
como acontece, por exemplo, na dose injetável administrada em crianças contra a
poliomielite. Uma forma de se referir ao vírus inativado, segundo Freire, seria
chamá-lo de vírus morto ou incapaz de causar infecção. “É uma vacina que tem
uma segurança maior. Uma grávida que tomar essa vacina, por exemplo, não teria
risco”, explicou.
O acordo, segundo o
especialista, define princípios para a colaboração entre as instituições. Ainda
será necessário um acordo mais detalhado, que inclua questões de maior
embasamento legal. “Estamos discutindo uma parceria para juntar esforços e
desenvolver uma vacina inativada contra o zika. Esse acordo visa à união desses
três institutos para que, juntos, utilizando todas as nossas expertises,
possamos chegar a uma vacina.”
Freire não deu prazos
para a conclusão da pesquisa e disse apenas que o esforço é para se chegar o
mais rápido possível à fase de testes clínicos – quando a vacina é utilizada em
voluntários. “É difícil dizer. Considerando que tudo corra maravilhosamente bem
e muito rápido, ainda assim é difícil prever quando teremos uma vacina
registrada. Se a gente conseguir chegar à fase 1 em 2017, à fase 2 em 2018 e
iniciar a fase 3 em 2019, acredito que 2019 ou 2020 seriam nosso melhor cenário
para ter uma vacina no mercado.”
Emergência
Em fevereiro deste ano,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública
diante do aumento de casos de microcefalia e outras desordens do sistema nervoso
central relacionado à infecção pelo vírus. Desde 2015, pelo menos 67 países –
incluindo o Brasil – registraram casos de infecção local pelo vírus.
A entidade contabiliza,
até o momento, mais de 60 parceiros e em torno de 25 iniciativas voltadas para
o desenvolvimento de uma vacina que seja capaz de conter a epidemia de zika e,
consequentemente, o aumento de casos de microcefalia no mundo.
Fonte: Portal Brasil
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