Nova vacina produz
anticorpos que podem neutralizar o ebola, diz estudo.
Medicamento VSV-ZEBOV está em
fase de testes em vários países.
Dados foram divulgados em Genebra; OMS supervisiona experimentos.
A vacina
experimental VSV-ZEBOV contra o ebola, com a qual foram realizados testes
clínicos de fase 1 em paralelo na Suíça, Gabão, Quênia e Alemanha, produz
anticorpos capazes de neutralizar o vírus, anunciaram os Hospitais
Universitários de Genebra (HUG).
Novos
experimentos de fase 3, que começaram no início de março na Guiné, sob a
autoridade da Organização Mundial da Saúde, vão determinar se as respostas
imunitárias são suficientes para proteger a população e se será possível fazer
campanhas de vacinação em grande escala.
A
pesquisa aponta que "a vacina gera produção de anticorpos capazes de
neutralizar o vírus Ebola", afirmam os HUG num comunicado.
Os
resultados, publicados na revista especializada "New England Journal of
Medicine", são baseados em testes feitos em 158 voluntários em Genebra, na
Suíça, em Hamburgo, na Alemanha, em Lambaréné, no Gabão, e em Kifili, no
Quênia.
Esses
testes tinham como objetivo avaliar a segurança e a capacidade da vacina em
gerar uma resposta imunológica em voluntários adultos e saudáveis.
O
comparativo das doses testadas (entre 300.000 e 50 milhões de partículas
vacinais) mostrou que até mesmo doses pequenas são capazes de gerar produção de
anticorpos.
Doses
mais fortes, porém, obtiveram melhores resultados, explicaram os autores da
pesquisa, que esperam que "o acompanhamento previsto 6 e 12 meses depois
da vacinação dará uma noção da duração desta resposta imunitária e determinará
se apenas uma injeção é suficiente ou se outras serão necessárias
posteriormente".
A
maioria dos efeitos colaterais observados foi inócua: febre e dores musculares,
durante um ou dois dias.
Menos contaminações em Serra Leoa
O medicamento VSV-ZEBOV foi concebido pela Agência de saúde pública do Canadá e a patente pertence aos americanos NewLink Genetics e Merck.
A
outra vacina, desenvolvida pela empresa britânica (GlaxoSmithKline) junto com o
Instituto Americano das alergias e das doenças infecciosas (NIAID), está sendo
testada desde fevereiro na Libéria.
De
acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número
novos casos aumentou na semana na Guiné, enquanto a Serra Leoa registrou sua
quarta semana consecutiva de baixa.
Na
Guiné, foram 57 novos casos dos dias 23 a 29 de março, contra 45 na semana
anterior. Já na Serra Leoa, 25 novos casos foram registrados durante o mesmo
período (33 na semana anterior), o nível mais baixo desde maio de 2014.
Na
Libéria, nenhum caso novo foi registrado na semana passada, mas uma mulher
atingida pela doença no dia 20 de março, depois de um mês sem contaminação,
morreu no dia 27.
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