Vírus Influenza
Influenza,
comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente
benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos
sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios,
tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios
com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e
com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais
importante.
Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis
produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem 3 tipos de
vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções
respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está
relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por
epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes
pandemias. Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo
com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou
N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2)
circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária
também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).
Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e
pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver
complicações devido à influenza. A vacinação é a intervenção mais
importante na redução do impacto da influenza.
Vacinação
Vacinação contra influenza é a intervenção mais importante na redução do
impacto da influenza e é uma componente chave da preparação e resposta da OMS
para controlar a circulação de amostras de vírus influenza sazonal.
A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e
frequente reformulação da vacina contra influenza.
Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convoca duas consultas
técnicas, em fevereiro e setembro, para recomendação das amostras vacinais
candidatas que irão compor as vacinas contra influenza sazonal dos hemisférios
norte e sul. Uma amostra vacinal candidata é um vírus influenza que o CDC (ou
um dos Centros Colaboradores da OMS) seleciona e prepara para uso na produção
de vacinas. Amostras vacinais candidatas são tipicamente escolhidas com base na
similaridade com os vírus influenza que estão se disseminando e causando
infecções em humanos, assim como na sua habilidade de multiplicação em ovos de
galinha, onde os vírus vacinais são cultivados.
Devido a essa mudança dos vírus influenza, é necessário se vacinar
anualmente contra influenza. Todo ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha
Nacional de Vacinação contra Influenza, onde grupos prioritários podem receber
gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.
Os grupos prioritários a serem vacinados de acordo com recomendações do
Ministério da Saúde são:
·
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;
·
Gestantes;
·
Puérperas;
·
Trabalhador de saúde;
·
Povos indígenas;
·
Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;
·
População privada de liberdade;
·
Funcionários do sistema prisional;
·
Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis;
·
Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença
respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença
hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão,
obesos, transplantados e portadores de trissomias).
Viajantes
Em situação de
viagem deve-se considerar previamente a situação epidemiológica da localidade
de destino. Recomenda-se aos viajantes para as áreas com evidência de
circulação de Influenza A (H5N1) e influenza A (H7N9), evitar contato com
animais vivos nos mercados e granjas. Os portadores sintomáticos deverão buscar
assistência para tratamento e notificação imediata no caso de apresentar febre,
tosse, dor de garganta ou dispneia, com história de exposição nos últimos 15
dias a áreas afetadas.
Fonte: Ministério da saúde.
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