Higienização das mãos: Um
simples ato pode salvar vidas.
Sabemos que lavar bem as
mãos é algo extremamente necessário, principalmente em situações como antes e
depois de nos alimentarmos, ao fazermos uso do sanitário, diante do contato
prévio com bebês, entre outros. Mas será que estamos fazendo a higienização de
forma eficiente?
Higienização
simples, antisséptica, fricção antisséptica e antissepsia cirúrgica.
Segundo o
Manual de Higienização das Mãos em Serviço de Saúde, publicado pela ANVISA em
2007, esses são os conceitos referentes à higienização correta das mãos:
higienização simples, antisséptica, fricção antisséptica e antissepsia
cirúrgica.
A higienização
simples das mãos, feita apenas com água e sabão, remove os micro-organismos que
se colonizam em camadas superficiais da pele, como suor, oleosidade e células
mortas. Essa higienização simples retira a sujidade propícia à permanência e a
proliferação de micro-organismos. O correto é que a lavagem dure cerca de 40 a
60 segundos.
A
higienização antisséptica promove a remoção da sujeira e de micro-organismos, e
reduz a carga microbiana das mãos. Usa-se a mesma técnica da higienização
simples, porém substitui-se o sabão por um antisséptico (sabonetes que inibem a
proliferação de agentes infecciosos). Os antissépticos recomendados são
degermante à base de PVPI ou Clorexidina. Essa lavagem também tem a duração
necessária de 40 a 60 segundos.
Já a fricção
antisséptica das mãos é o ato de limpar as mãos com preparações alcoólicas (álcool a 70%, álcool glicerinado, álcool gel, álcool espuma, etc.). Esta reduz
a carga microbiana das mãos, porém não remove a sujidade. Geralmente praticada
quando as mãos não estão visivelmente sujas, usa-se gel alcoólico a 70% ou de
solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina para substituir a higienização
com água e sabão. Sua duração é menor, de 20 a 30 segundos.
A antissepsia
cirúrgica, mais conhecida como preparo pré-operatório das mãos, é
característica usual dos profissionais da saúde. Esse modo de higienização
elimina a microbiota transitória da pele e reduz a microbiota residente,
proporciona efeito residual na pele do profissional que participará do ato
cirúrgico. O efeito microbiano prolongado previne/inibe a proliferação de
micro-organismos após a aplicação do produto. Nesse procedimento recomenda-se
uma antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante.
Por ser um processo mais detalhado, sua duração leva de 3 a 5 minutos.
As
mãos são as principais vias de transmissão de micro-organismos
Existem
micro-organismos muito ofensivos que podem ser transmitidos através das mãos.
De acordo com a Dra. Luciana Lara os mais relevantes são os patógenos
(bactérias) hospitalares. “As infecções relacionadas a assistência à saúde
geralmente são causadas por diversos micro-organismos resistentes aos
antimicrobianos”, afirma.
Sabão
neutro ou álcool em gel
É comum achar
que o uso do álcool em gel já é suficiente, porém segundo Dra. Luciana Lara o
álcool em gel é usado na fricção antisséptica das mãos, que diminui a carga
bacteriana, mas não remove toda a sujidade. “Tanto em domicílios quanto em
unidades de saúde, recomenda-se que seja feito o uso de sabão líquido neutro,
que oferece menor risco de contaminação do produto”, aconselha.
Importante
lembrar que:
• Quando
fizer uso de torneiras com contato manual para fechamento, utilize papel toalha
para praticar o ato;
• É
contraindicado o uso coletivo de toalhas de tecido, pois estas permanecem
úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana;
• Deve-se
evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos. Isso previne o
ressecamento da pele;
• Para evitar
ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão imediatamente
antes ou depois de usar uma preparação alcoólica. Depois de higienizar as mãos
com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente (sem utilização
de papel-toalha);
•
Recomenda-se que o sabão seja agradável ao uso, possua fragrância leve e não
resseque a pele. A adição de emolientes à sua formulação pode evitar
ressecamentos e dermatites;
• As escovas
utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e
descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito
ungueal e subungueal
Fonte: Daher Hospital Lago
Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário